Uma derrocada na Praia Maria Luísa, em Albufeira, por volta das 11h25 de hoje, provocou 5 vítimas mortais, 1 homem ferido em estado grave e duas mulheres com ferimentos ligeiros. Continuam os esforços para localizar mais uma vítima.
Até ao momento estão confirmadas cinco vítimas mortais da derrocada na praia de Maria Luísa em Albufeira.
Os mortos são: Um homem de 60 anos, que faleceu a caminho do hospital, uma mulher de 38 anos que estava em estado crítico no Hospital de Faro e acabou por falecer e mais três mulheres que estavam soterradas, duas delas com menos de 25 anos e outra na casa dos 50, segundo fonte do INEM.
O ferido grave de 35 anos está no bloco operatório para ser sujeito a uma intervenção a um membro inferior, no Hospital de Faro.
O INEM informa ainda que dos dois feridos ligeiros, um é um jovem de 14 anos com uma fractura num membro superior.
Os meios mantêm-se no local a tentar localizar uma outra pessoa dada como desaparecida.
Todas as vítimas são de nacionalidade portuguesa, à excepção de um espanhol que se terá magoado num pé.
No local estão ainda 90 operacionais e mais de 30 veículos, um Posto Médico Avançado, um psicólogo e um Helicóptero do INEM.
PR e PM já abandonaram o local depois de reunião com Protecção Civil
A derrocada gerou algum pânico, uma vez que o incidente aconteceu perto das 12h00 quando a praia está habitualmente com muita gente.
O Presidente da República e o secretário de Estado da Protecção Civil estiveram no local, bem como o Comandante Operacional Distrital de Faro.
Continuam no local o ministro do Ambiente, Nunes Correia, e o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
Praia mal sinalizada como perigosa
Uma testemunha disse que existia uma placa a avisar o perigo de derrocada da falésia. Paulo Martins contou que as marés estavam fortes, estavam a bater na falésia e que alguns vereneantes não cumpriram as indicações de perigo de desabamento.
A arriba já apresentava sinais de perigo de derrocada e encontrava-se sinalizada, disse fonte da Autoridade Marítima.
"Esta era das situações mais graves. O arenito da rocha era bastante frágil e havia um risco de derrocada a ponto de levar a Autoridade Marítima a colocar avisos", disse o comandante Marques Pereira.
O comandante da capitania sublinhou que "era previsível" a queda da arriba e frisou que as pessoas devem salvaguardar-se de situações de risco, o que infelizmente não foi o caso.
Já uma outra testemunha disse à SIC que a "sinalização é minúscula e imperceptível" e que só quem percebesse português era capaz de entender a palavra "Perigo". Além desta observação, esta testemunha conta que a referida placa "é a mesma há anos" e não refere que pode haver "perigo de derrocadas".
Esta tarde as autoridades provocaram uma derrocada na falésia junto à zona do acidente, o que levantou a dúvida de se saber porque razão não foi feita operação igual na zona perigosa cuja rocha caiu esta manhã, para evitar acidentes.